Duendes são personagens da mitologia europeia, nomeadamente na península ibérica, semelhantes a Fadas e Goblins. Embora suas características variem um pouco por Espanha e Portugal, são análogos aos Brownies escoceses, aos Nisse dinamarqueses-noruegueses, ao francês nain rouge, aos irlandeses cluricaun, Leprechauns e Far Darrig, aos manx fenodyree e Mooinjer Veggey, ao galês tylwyth teg, ao sueco Tomte e aos trasgos galego-portugueses.
A palavra é usualmente considerada equivalente à palavra inglesa "Sprite", ou à palavra japonesa Youkai, e é usada indiscriminadamente como um termo guarda-chuva para abrigar todas as criaturas semelhantes como Goblins, Duendes (do inglês Pixies), Elfos, Gnomos, etc.
Alguns mitos dizem que Duendes tomam conta de um pote de ouro no final do arco-íris; caso capturado, o duende poderia comprar sua liberdade com esse ouro. Outras lendas dizem que para enganar os homens, ele fabrica uma substância parecida com ouro, que desaparece algum tempo depois (ouro de tolo). Neste caso são chamados Leprechauns. Na cultura atual, geralmente os duendes são representados por seres verdes, dos quais o simbolo é o trevo, relacionado à boa sorte. Geralmente as estórias infantis trazem tais relatos. Contudo, é temerário ter uma visualização estritamente romântica e lúdica de seres que são considerados como demônios e seres inferiores por outras culturas.
Geralmente são descritos como tendo entre 15 e 30 cm de altura, tendo como característica notável a cabeça em formato cônico (muitas vezes independentemente de possuir chapéu), personalidade extremamente volátil (seres primários, também denominados 'elementais') e atributos encantados como a capacidade de atravessar paredes, mudar de forma e cor, e alta velocidade. São criaturas que não guardam qualquer receio com o ambiente urbano e, curiosamente, há muitos relatos de aparições em construções inacabadas. Gostam de espreitar pelos cantos, observando os habitantes da casa e pregando-lhes peças, como o sumiço de objetos, abertura de portas, produção de ruídos, dentre outras perturbações - sendo capazes até de matar animais de estimação.
Apesar de muitos acreditarem que são seres amigáveis, há relatos de diversas aparições ameaçadoras, inclusive com o emprego de violência. Nestas ocasiões os relatos são quase que unânimes em descrever que tais seres surgem de repente, em situações normais do cotidiano (enquanto crianças brincam em construções, pessoas observam árvores no quintal, embaixo de camas, dentro de guarda-roupas, etc) portando pequenas facas, dando gargalhadas em tom de sarcasmo e deboche para com a testemunha, acuando-a e sumindo de repente. Estranho o fato de não ser possível identificar uma motivação para tais atitudes - por isso talvez que se diga que a personalidade destes seres é volátil. Estranho também que muitas narrativas descrevem este ser como possuindo o pequeno rosto como que dilacerado, arranhado.
Bons Pesadelos
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