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A Maldição De Tutankamon
Postado por
Unknown
às
13:26
As lendas e mitos que cercam as pirâmides atraem muitas
pessoas e reforçam o lado misterioso que cerca a antiga cultura egípcia.
Esse mistério começou a ser instigado com a febre de escavações e
expedições arqueológicas que tomaram conta das antigas cidades egípcias.
Em 1923, um grupo de pesquisadores comemorou a descoberta da tumba de
um faraó com mais de 3000 anos de existência.
Este faraó era o lendário Tutankamon, que teve sua múmia encontrada ao
lado de artefatos em ouro, bacias cheias de grãos e uma inscrição
egípcia prometendo que a morte afligiria todo aquele que viesse a
perturbar o sono do faraó. Mesmo com seu tom ameaçador, aquele e outros
avisos não foram capazes de sanar a cobiça dos saqueadores de tumbas que
violaram o descanso de diversas outras múmias. Será que a maldição
atingiria aqueles que ignoravam o silencioso aviso?
Em meio a tantas lendas, o arqueólogo Howard Carter resolveu
embrenhar-se na região do Vale dos Reis à procura dos artefatos
pertencentes a algum faraó egípcio. Chegando por ali por volta de 1916, a
equipe liderada por esse pesquisador não acreditava nos avisos que
diziam ser impossível encontrar algum tesouro arqueológico entre tantas
escavações inacabadas. Seis anos depois, Howard ainda não havia
conseguido encontrar pistas de um desconhecido rei egípcio que havia
sido enterrado naquela região.
Obcecado por suas hipóteses, tentou organizar uma última escavação em
uma região ocupada por algumas cabanas. Depois de remover as
rudimentares construções do local, as primeiras escavações foram
presenteadas com o encontro de uma escadaria. Alguns dias depois, a
equipe de Carter percebeu que se tratava de um acesso a uma passagem
obstruída. Aquela descoberta impulsionou um trabalho mais intenso que,
logo em seguida, desbloqueou um corredor que dava acesso a uma outra
porta.
A porta possuía um lacre visivelmente quebrado e, posteriormente,
reconstruído. Tal indício diminui as expectativas de Howard Carter em
encontrar um tesouro arqueológico intacto. Depois vencer o obstáculo de
uma última porta, a equipe arqueológica deparou-se com uma sala
abarrotada de artefatos de grande detalhe e um trono revestido em ouro.
Nessa sala percebeu a existência de uma outra porta onde, por uma
fresta, identificou-se um novo cômodo.
Após essas descobertas, Carter teve a astúcia de fechar os acessos
àquele local e lançar um monte de entulho na via de acesso a escadaria.
Meses depois, levantou uma maior quantidade de recursos e especialistas
para trabalharem naquele grande achado. Voltando à primeira sala,
retirou e catalogou todos os seus objetos. Dessa vez, abriu o segundo
cômodo e lá deu de cara com uma enorme urna funerária que ocupava quase
todo o espaço do lugar.
Em quase três meses de trabalho, removeu outras três urnas menores
depositadas dentro da urna maior. No interior da última urna descobriu
um pesado sarcófago feito em pedra. Após contar com o auxílio de um
guindaste para remover o tampo de pedra, Howard Carter retirou um véu de
linho que cobria uma bela máscara mortuária feita em ouro, vidro e
pedras coloridas; e um ataúde no formato de um corpo. Depois disso, duas
novas camadas de máscaras e ataúdes foram retirados do interior do
sarcófago.
Passados tantos obstáculos, a equipe de arqueólogos vislumbrou o corpo
do faraó Tutankamon queimado e enrijecido pelas resinas utilizadas em
seu processo de mumificação. A mais valiosa descoberta arqueológica da
época foi alcançada depois de anos de dedicação. No entanto, a riqueza
da descoberta reavivou os rumores da famosa maldição de Tutankamon. Já
na primeira vez que descobriu a escadaria, o canário de Carter foi
comido por uma cobra, indicando o primeiro mau presságio.
Na época em que a tumba foi descoberta, o empresário Lorde Carnavon –
financiador da equipe de Carter – foi um dos primeiros a conhecer o
sarcófago. Logo em seguida, o empresário teve uma ferida infecciosa
provocada pela picada de um mosquito. O estado febril acabou levando-o à
morte em poucos dias. Antes de morrer, disse à irmã que Tutankamon o
havia convocado. No dia em que faleceu, o cachorro do empresário foi
vítima de um infarte fulminante.
A notícia da morte de Lorde Carnavon logo agitou os esotéricos e
supersticiosos sobre as maldições daquela tumba faraônica. Depois do
ocorrido, Arthur Mace – integrante da equipe de Carter – morreu
repentinamente no mesmo hotel em que Carnavon passou seus últimos dias.
Joel Woolf, dono das primeiras fotos de Tutankamon, e Richard Bethell,
secretário de Carter, também faleceram em condições inexplicáveis. Nessa
mesma funesta coincidência se juntaram a irmã e a mulher de Carnavon.
Ao longo de seis anos após a descoberta, trinta e cinco pessoas ligadas à
descoberta da múmia de Tutankamon morreram em condições misteriosas.
Para combater as lendas e explicações sobrenaturais, cientistas
levantaram a hipótese de que alguma substância tóxica ou fungo venenoso
fora criado na época para que ninguém viesse a profanar aquela sala
mortuária. Outros ainda chegaram a afirmar que os egípcios já conheciam a
energia atômica e teriam depositado urânio nas tumbas.
Durante o século XX, o alvoroço causado pela maldição das tumbas acabou
perdendo sua força mediante outras tranquilas descobertas arqueológicas.
Mesmo que as explicações científicas para as tragédias fossem
plausíveis, o desencadear de tantas mortes não consegue ser explicado
satisfatoriamente como uma simples eventualidade. O desconhecido ainda
encobre esse episódio.
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